terça-feira, 1 de março de 2011

AMORTERAPIA

AMOR OU DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

A palavra "amor" é talvez um dos termos mais usados casualmente no idioma Inglês – é tão usado que se tornou um termo genérico para uma variedade de emoções bem diferentes!
Há uma coisa com a qual todos nós concordamos - que o amor é o que faz o mundo girar, e que sem ele, o mundo seria nada mais que uma concha seca em um lugar vazio. Por outro lado, é uma palavra que nós facilmente retorcemos em torno de nossos próprios propósitos para justificar a nossa dependência emocional a uma pessoa.
Se pudermos aprender a distinguir o amor da dependência emocional e colocar em prática esta distinção, então nós tornaremos a vida mais bonita, não só para nós, mas para todos com quem entrarmos em contato.


1- APRENDA A SE AMAR PRIMEIRO


Muitas vezes, quando estamos emocionalmente dependentes de alguém, nós olhamos para eles como um "preenchimento" para encobrir e distrair-nos de resolver questões emocionais em nós mesmos.
Para verdadeiramente amar alguém, primeiro temos de descobrir e explorar o que é o amor, e isso significa começar com a pessoa com quem você gasta mais tempo, com você mesmo!
Nós podemos muitas vezes nomear nossas imperfeições bem mais rápidamente do que nossas qualidades positivas, e somos muito rápidos para criticar-nos acima de qualquer coisa que não nos satisfaz. Isso tudo tem que mudar.
Tente todos os dias identificar suas qualidades positivas e trazê-las mais à tona e aumentá-las, e quando você cometer um erro, tente vê-lo como um "trabalho em progresso", em vez de um fracasso absoluto. Quando o seu amor-próprio e sua auto-estima aumenta, você é então capaz de abordar as relações com os outros com muito mais tranqüilidade.


2- USE O CORAÇÃO


"Não existe amor equivocado. Você sente isso no seu coração. É a fibra comum da vida, a chama que aquece nossa alma, energiza o nosso espírito e fornece paixão em nossas vidas. É a nossa ligação com Deus e uns aos outros." - Elizabeth Kubler-Ross

Junto com a palavra "amor", a palavra “coração” é muitas vezes arrastado para muitas conversas e usado para descrever todas as formas de comportamento boas e más. Quando falamos de coração, nós queremos dizer o espaço no meio do peito que apontamos quando dizemos "este sou eu" - o lugar em que sentimos a essência do nosso ser mais do que em qualquer outro lugar. É também onde a maioria das nossas qualidades mais elevadas e mais nobres emanam de - empatia, bondade e amor.

O apego emocional, por outro lado, é uma matriz emaranhada de sentimentos da mente e também da parte emocional do nosso ser localizado mais próximo do umbigo. Porque as fontes de amor e apego emocional estão localizados tão frouxos juntos, eles podem e são muitas vezes confundidos pela pessoa sem discernimento. No entanto, colocando de lado algum tempo cada dia para uma prática de auto-descoberta e auto-instrução (por exemplo meditação), isso permitirá distinguir um do outro.


3- NÃO TENHA EXPECTATIVA

"Quando o amor é puro e espiritual, não há demanda, nem expectativa. Há somente o doce sentimento de unidade espontânea com o ser humano ou seres em causa. " - Sri Chinmoy


Antropólogos sociais descrevem muitas vezes as relações humanas como um contrato – nós damos o nosso amor a uma pessoa e, ao mesmo tempo, nós subconscientemente depositamos todos os tipos de expectativas que queremos que seja cumprido na outra pessoa. E então, quando a outra pessoa não suficientemente satisfaz nossas exigências (que, definitivamente acontece ao longo do tempo – nós somos todos imperfeitos) nós nos sentimos para baixo e com raiva da pessoa, a nossa insegurança e medo de não ser amado vêm à tona, e nós muitas vezes recorremos a algum tipo de manipulação emocional para tentar levá-los a cumprir as nossas exigências.

O amor verdadeiro, por outro lado, é como o sol. O sol brilha seus raios e dá o seu calor para toda a gente, sem nada em troca. Isto pode soar como ingenuidade para a mente calculista, mas quando nós vivemos no coração nós sentimos exatamente como o sol - nós só queremos espalhar nosso amor e boa vontade em qualquer lugar que nós podemos. Com este tipo de amor nós temos distanciamento - não temos idéias fixas sobre como esse amor deve ser absorvido por outros, o simples ato de dar amor preenche o nosso coração imensamente.


4- APRENDA A LIBERAR


"Alguns de nós pensam que “agarrar em algo” nos torna mais fortes, mas às vezes é liberar." Hermann Hesse

Muitas vezes, nós colocamos restrições mentais nas pessoas que amamos, pode ser que se trate dos pais vivendo seus sonhos através de suas crianças, ou de alguém “preso” em um relacionamento.
O verdadeiro amor significa amar as pessoas pelo que elas são, sem tentar transformá-las no que você quer que elas sejam.
O maior serviço que você pode proporcionar a alguém que você ama é permitir que eles cresçam dentro do potencial de seus espíritos mais elevados - às vezes isso significa activamente ajudando-os, mas outras vezes, isto significa reconhecer quando você está bloqueando o caminho para aquilo acontecer e sair fora do caminho!


5. A FORÇA INTERIOR: PACIÊNCIA E PERDÃO

"A paciência serve como uma proteção contra o mal, assim como roupas protegem contra o frio. Porque, a medida que você veste mais roupas enquanto o frio aumenta, o frio não terá poder para prejudicá-lo. " - Leonardo Da Vinci

Para desenvolver o amor, nós temos também que desenvolver perdão e paciência. Para perdoar alguém, é necessário ver além de suas imperfeições da superfície e apreciar a beleza que se encontra no fundo.
O amor sempre anda de mãos dadas com este reconhecimento da beleza interior dentro de uma pessoa, e quando podemos ver essa beleza interior de uma pessoa e apreciá-la, nós ajudamos a trazer à tona a beleza e, talvez, evitar qualquer coisa lamentável que essa pessoa possa ter feito de ocorrer novamente.

Este nosso mundo pode parecer um lugar absolutamente desleal às vezes, mas desenvolvendo esta qualidade de amor para todos que você encontrar, lhe permitirá elevar-se acima "dos estilingues e das setas da fortuna ultrajante" que as pessoas possam jogar em você e ainda manter a sua fé na humanidade intacta.

Mensagem tirada do blog: http://www.srichinmoybio.co.uk/blog/life/how-to-distinguish-between...
Postado por TEJVAN

Traduzido por: http://josi-dividindoexperiencias.blogspot.com/





Dependência emocional

O desejo de ser cuidado inconscientemente por alguém pode acarretar várias formas de dependência psíquica. Ser dependente é se considerar incapaz de cuidar de si mesmo.

“O dia só tem significado quando pelo menos ouço a sua voz “. “Não consigo sair de casa sem que ele me acompanhe”. “Não há distração se não a tenho a meu lado.” Minha vida acabou desde sua viagem”. Esses relatos constituem algumas da expressões de pessoas dependentes emocionalmente.

Essa condição resulta da necessidade constante da presença, da atenção, da validação e do afeto do outro. A sensação de segurança ou equilíbrio para suportar tensões e dificuldades é encontrada a partir da outra pessoa. Desta forma, alimenta-se a intenção de renunciar a si próprio; transfere-se o encargo de bem-estar mental, físico e emocional para o outro e acaba-se tornando totalmente irresponsável.

Normalmente, a relação que se estabelece evolui para uma relação doentia. Essa necessidade pode ser comparada a dependência na drogadição.

Assim sendo, são considerados indícios:

- Necessidade afetiva excessiva pelo outro, pela presença, atenção, carinho,
cuidado, aprovação, suporte, proteção, etc.
- Ciúme ao extremo; relação exclusiva e parasitária reduzindo as relações sociais ou tornando-as
desinteressantes;
- Possessividade;
- Considerar as outras pessoas como ameaças ao relacionamento com a pessoa em questão.
- Adoção de manipulação: “Eu não sei o que faria sem você.”
- Falta de espontaneidade na troca de afectos – “Só dou se receber em troca”.
- Não fazer planos a curto, médio e longo prazo sem envolver a outra pessoa.

Para ajudar a refletir:

O Urso Faminto

Uma lenda indígena americana conta que, certa vez, em plena época de escassez
“ um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento.
A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o
conduziu a um acampamento de caçadores.
Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a
fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida.
Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e
enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo.
Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo.
Na verdade, era o calor da tina…
Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela
encostava.
O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as
queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida.
Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela
quente contra seu imenso corpo.
Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu Corpo e
mais alto ainda rugia.
Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a
uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida.
O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu Imenso
corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.
Quando terminei de ouvir esta história, percebi que, em nossa vida,
por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes.
Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e
mesmo assim, ainda as julgamos importantes.
Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de
sofrimento, de desespero.

Fonte:

http://www.emdr.com.br/metaforas3.htm

AMORTERAPIA




Na causalidade atual dos distúrbios psicológicos, como naquelas anteriores, sempre se encontrará o amor-ausente como responsável.
Animalizado pelos instintos em predomínio, fez-se responsável pelos comprometimentos morais e psicológicos, que engendraram os distúrbios complexos desencadeadores das personalidades psicopáticas, ora exigindo-lhes alteração de conduta interior, a fim de experimentarem equilíbrio, sem os transtornos afligentes.
A conquista do amor é resultado de processos emocionais amadurecidos, vivenciados pela conquista do Si.
Inicialmente, dá-se a paulatina conscientização da própria humanidade em latência, quando lampejam os sentimentos de solidariedade, de interdependência no grupo social, de afetividade desinteressada, de participação no processo de crescimento da sociedade.
Cada conquista que vai sendo adquirida enseja maior perspectiva de possível desenvolvimento, enquanto as necessidades da evolução desenham mais amplos espaços de movimentação emocional.
O problema do espaço físico, que contribui para a agressividade animal, à medida que se faz reduzido para a população que o habita, passa a ser enfocado de maneira diversa, em razão de o sentimento de amor demonstrar que a pessoa ao lado ou distante não é mais a competidora, aquela adversária da sua liberdade, mas se trata de participante das mesmas alegrias e oportu­nidades que se apresentam favoráveis a todos os seres.
O pensamento, irradiando essa onda de simpatia afetuosa, estimula os neurônios à produção de enzimas saudáveis que respondem pela harmonia do sistema nervoso simpático e estímulo das glândulas de secre­ção endócrina, superando as toxinas de qualquer natu­reza, responsáveis pelos processos degenerativos e pela deficiência imunológica, que faculta a instalação das doenças.
Por outro lado, face ao enriquecimento emocional que o amor proporciona, a alegria de viver estimula a multiplicação de imunoglobulinas que preservam o or­ganismo físico de várias infecções tornando-se respon­sáveis por um estado saudável.
Ao mesmo tempo, a irradiação psíquica produzi­da pelo amor direciona vibrações específicas em favor das pessoas enfocadas que, permitindo-se sintonizar com essa faixa, beneficiam-se das suas ondas carrega­das de vitalidade salutar.
O Universo é estruturado em energia que se ex pande em forma de raios, ondas, vibrações... O ser hu­mano, por sua vez, é um dínamo produtor de força que vem descobrindo e administrando tudo quanto o cer­ca.
À medida que penetra a sonda do conhecimento no que jazia ignorado, descobre a harmonia em tudo presente, identificando um fator comum, causal, pre­dominando em a Natureza, que pode ser decodificado como sendo o hálito do Amor, do qual surgiram os ele­mentos constitutivos do Cosmo.
A identificação dessa força poderosa, que é o amor, faculta a sua utilização de maneira consciente em favor de si mesmo como de todas as formas vivas.
As plantas absorvem as emanações do amor ou sentem-lhe a ausência, ou sofrem o efeito dos raios de­sintegradores do ódio, que é o amor enlouquecido e destruidor. Os animais enternecem-se, domesticam-se, quando submetidos ao dinamismo do amor que educa e cria hábitos, vitalizando-se com a ternura ou depere­cendo com a sua falta, ou extinguindo-se com as atitu­des que se lhe opõem.
O ser humano, mais sensível, porque portador de mais amplas possibilidades nervosas de captação - pode-se afirmar com segurança -, vive em função do amor ou desorganiza-se em razão da sua carência.
Amorterapia, portanto, é o processo mediante o qual se pode contribuir conscientemente em favor de uma sociedade mais saudável, logo, mais justa e nobre.
Essa terapia decorre do auto-amor, quando o ser se enriquece de estima por si mesmo, descobrindo o seu lugar de importância sob o sol da vida e, esplen­dente de alegria reparte com as demais pessoas o senti mento que o assinala, ampliando-o de maneira vigoro­sa em benefício das demais criaturas.
Enquanto as irradiações do ódio, da suspeita, do ciúme, da inveja e da sensualidade são portadoras de elementos nocivos, com alto teor de energias destruti­vas, o amor emite ondas de paz, de segurança, susten­tando o ânimo alquebrado pela confiança que transmi­te, de bondade pelo exteriorizar do afeto, de paz em razão do bem-estar que proporciona, de saúde como efeito da fonte de onde se origina.
Ao descobrir-se a potência da energia do amor, faz-se possível canalizá-la terapeuticamente a benefício próprio como do próximo.
Desaparecem, então, a competição doentia e per­versa, o domínio arbitrário e devorador do egoísmo, surgindo diferente conduta entre os indivíduos, que se descobrirão portadores de inestimáveis recursos de paz e de saúde, promotores do progresso e realizado­res da felicidade na Terra.




Capítulo 60-Joana de Ângelis - Psicografado por Divaldo franco

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