terça-feira, 8 de março de 2011

SENTIDOS E LIMITAÇÕES

O homem vê hoje o universo como vasto reino de vibrações a e expressarem nas mais diversas freqüências e intensidade, e reconhece que somente graças a essas vibrações é que pode perceber as formas em que a matéria se apresenta, com os sentidos de que é dotado – embora haja todo um mundo de realidade que ainda lhe escapa à percepção.
Quando constrangidos a olhar o mundo pelas janelas sensoriais do corpo físico, somos capazes apenas de distinguir as formas mais grosseiras da matéria: a maioria dos gases já não nos permite observação direta, as ondas de rádio só se nos tornam perceptíveis se contamos com aparelho próprio a receptá-las. Destarte, as impressões que captamos das formas materiais resultam da consciência que delas podemos ter e a consciência de qualquer fenômeno liga-se diretamente aos canais de percepção que podemos utilizar para percebê-lo e observá-lo.
A impressão que tem do mundo um verme é bem diferente da que tem um mamífero, este perceberá da realidade circundante bem menos que um homem. O cego de nascença ignora o que sejam as cores, o surdo deixa de ter a consciência impressionada pelas vibrações sonoras, o daltônico registra as vibrações luminosas de modo diferente. O conceito que estes homens fazem do meio ambiente é, por isso mesmo, diverso do das outras pessoas mas, para eles, é o que corresponde à realidade. Experimentássemos descrever para um povo de cegos o mundo ensolarado, cheio de cores e formas, de flores e pássaros, usando apenas os termos cujo conceito lhes estivesse ao alcance e compreenderíamos melhor as dificuldades encontradas pelos espíritos quando devem falar do que ocorre em outros planos e dimensões, ainda fora do alcance das percepções correntes do homem terreno.
Sabemos que somos seres em evolução: estaremos, por certo, desenvolvendo ainda nossas capacidades potenciais. Suponhamos que, no futuro, venhamos a exteriorizar um sexto ou um sétimo sentidos (como já está acontecendo com alguns indivíduos), que novos horizontes de conhecimento eles nos abririam? Será lícito, assim, negar a “priori” certas forças e fenômenos só por não podermos ainda comprovar-lhes sem dificuldade a existência?
De modo algum!
Aí temos a observação indireta e o raciocínio a nos valerem, onde os sentidos físicos se mostrem inúteis, até que se aperfeiçoem instrumentos suficientemente sensíveis para as comprovações experimentais necessárias à ciência.
Ante a modéstia das percepções sensoriais que até agora nos condicionaram as opiniões, só nos resta abrir mão de idéias estabelecidas, afastando as barreiras do preconceito e buscando compreender as realidades novas que hoje a ciência vislumbra e a Intuição descortina.

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