sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Nossa realidade é moldada pelas nossas crenças.

Se tememos ao relógio, se nos apegamos ao  passado e se nos apavoramos com o futuro, nunca poderemos viver o presente.  De certa forma, entrar no Reino de Deus significa sentir que existe algo que cuida de nós a cada instante, da mesma forma como alimenta as aves do céu e veste os lírios do campo, com infinito amor. Algo que Jesus chamava de Abba – papai.

Todos os Mestres da Humanidade, em todas as épocas e lugares, sempre apontaram para a necessidade de voltarmos a viver o presente como única realidade concreta da alma no mundo: “Não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois a cada dia basta a sua própria preocupação...”, disse Jesus.


O Reino de Deus “não é algo que irá acontecer, porque não é algo que, temporalmente falando, possa acontecer. Não pode surgir num mundo” como se fosse uma invasão externa – “O meu Reino não é deste Mundo” – “ é uma condição que não tem plural, mas apenas infinitos singulares. Jesus falava das pessoas ‘entrando” no Reino,e que as crianças já estavam nele(...) . Se pararmos de olhar para frente e para trás, foi o que ele nos disse, poderemos nos dedicar a buscar o Reino que está bem debaixo de nossos pés, bem diante de nosso nariz; e, quando o encontrarmos, alimentos, roupas e outras coisas necessárias também nos serão dadas, tal como o são às aves e aos lírios (...) Este reino é como um tesouro enterrado num campo que é nossa alma; é como uma pérola de grande valor; é como voltar para casa. Quando o encontramos, encontramos a nós mesmos, tornamo-nos donos de uma riqueza infinita (...)”, é por isto que todos os místivos falam em perderem-se em Deus. “Eu e o Pai somos um”, pois nossa personalidade é apenas uma máscara mutável, mas o self, como diria Jung, é a parte mais próxima do divino, em nós. Vivenciando o Deus que há em nós, poderemos reconhecer o Deus que há no outro e, assim poderemos viver, naturalmente., devido à nosso grau de consciência, a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade. 

Jesus também reconhecia as verdades espirituais que foram ditas pelos outros Grandes Mestres da Humanidade, em todas as épocas. É assim que se explica as grandes similaridades entre seus ensinamentos e os de Buda, por exemplo, que nasceu mais de 500 anos antes de Cristo.  

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