sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

QUATRO GRANDES CORRENTES DENOMINADAS FORÇAS

No século XIX, período de 1832 a 1860 na Universidade de Leipzig, Alemanha, é que a psicoterapia surgiu como ciência separada da filosofia através de métodos e princípios aplicáveis ao estudo e de grande utilidade no estudo e tratamento diversos da vida e da sociedade humana.

A teoria psicoterápica  tem caráter interdisciplinar por sua íntima conexão com as ciências biológicas e sociais e por recorrer, cada vez mais, a metodologias estatisticas, matemáticas e informáticas não existe, contudo, uma só teoria  psicoterápica, mas sim uma multiplicidade de enfoques, correntes, escolas, paradigmas e metodologias concorrentes, muitas das quais apresentam profundas divergências entre si.

 

Modernamente a psicoterapia  é dividida em quatro grandes correntes denominadas forças.

 

Primeira força: BEHAVIORISMO ou psicoterapia comportamental – criada por JOHN B. WATSON. Reformulou os conceitos de consciência e imaginação, negando o valor da introspecção. Watson rejeitou tudo o que não pudesse ser mensurável, replicável ou observável em laboratório. Segundo ele, somente o comportamento manifesto era possível de ser validado cientificamente. Os estudos posteriores demonstraram que essa postura não era correta em alguns aspectos, mesmo assim os estudos de WATSON foram determinantes para a expansão da Psicoterapia.

 

Segunda Força: PSICANÁLISE – Criada por Sigmund Freud, o estudo psicanalítico focaliza prioritariamente a patologia e o extremo sofrimento diante da própria impotência e da limitação humana. Freud teve inúmeros seguidores e muitos de seus postulados sobre a psique continuam válidos e dão suporte às outras escolas que se desenvolveram a partir da psicanálise. Freud também teve dissidentes que evidenciaram outros aspectos importantes da psique humana que ele não admitia. O principal discípulo de Freud foi Carl Gustav Jung que é considerado dos precursores da Psicoterapia  Transpessoal devido aos seus inúmeros estudos sobre ocultismo.

 

Terceira Força – PSICOTERAPA HUMANISTA – surgiu nos Estados Unidos e na Europa, na década de 50, como reação aos Behaviorismo e a analogia entre o ser humano e a máquina que colocava à margem do seu objeto de estudo os fatores afetivos e emocionais. Os humanistas reagiram a essa opção metodologica pela exclusão da emoção; que  consideravam inerente e fundamental no ser humano. A visão do ser humano no Humanismo é a de um ser criativo, com capacidade de auto-reflexão, decisão, escolha e valores. Abraham Maslow é considerado  fundador desse movimento. A respeito da psicanálise  Maslow afirmou que Freud se deteve na doença e na miséria humana e que era necessário considerar os aspectos saudáveis, que dão sentido, riqueza e valor à vida. Uma das funções da forma humanista de se analisar a psicoterapia  é resgatar o sentido da vida próprio da condição humana. Maslow afirmava que o homem seria um ser com poderes e capacidades inibidas. Adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas, muitas vezes, por bloquearmos elementos saudáveis.

 


Quarta força – PSICOTERAPIA TRANSPESSOAL – a partir das idéias exaradas na Psicoterapia Humanista surgiu a 4ª força. Maslow acreditava que vivenciar o aspecto transcendente era importante e crucial de nossas vidas. Pensar de forma holística, transcendendo dualidades como certo, errado, bem ou mal, passado, presente e futuro é fundamental. Maslow declarava que sem o transcendente ficaríamos doentes, violentos e niilistas, vazios de esperança e apáticos . Maslow anuncia o aparecimento da 4ª. Força em psicoterapia – para  além dos interesses personalizados, mais elevada centrada no cosmo. Em 1968, ele  concluiu: “Considerou a Psicoterapia Humanista, a psicoterapia da 3ª. Força transitória, uma preparação para uma 4ª. Psicoterapia  ainda “mais forte”, transpessoal, transumana, centrada no cosmos e não em necessidades e nos interesses humanos, que vai além da condição humana, da identidade, da auto-realização, etc.” Algo maior do que somos e que seja respeitado por nós, e ao qual nos entregamos num novo sentido não materialista. Vitor Frankl, Stanislau Grof, James Fadiman e Antony Sutich uniram-se a Maslow e oficializaram, em 1968, a Psicoterapia Transpessoal, enfocando o estudo da consciência e o reconhecimento dos significados Espirituais da psique.

Nenhum comentário:

Postar um comentário